Golpistas vendem sites falsos de órgãos públicos por até R$ 850

Uma operação estruturada na deep e dark web está comercializando páginas falsas que simulam sites de órgãos do governo brasileiro. A denúncia foi feita pela equipe de Inteligência de Ameaças da empresa Safelabs, especializada na proteção de ativos digitais, que identificou uma loja virtual chamada “Loja do 7” dedicada à venda e aluguel dessas páginas com valores que variam entre R$ 150 e R$ 850 por mês.

As páginas, chamadas de “engenharias” pelos criminosos, são utilizadas principalmente em golpes relacionados à restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e ao saque de benefícios sociais. A forma de comercialização é semelhante à de serviços por assinatura, com atualizações contínuas e suporte técnico via WhatsApp, facilitando a adoção das ferramentas por fraudadores.

Ferramentas para coleta de dados e personalização de golpes

Além das páginas simuladas, a loja também oferece ferramentas adicionais que permitem coletar dados das vítimas, como CPF, mês de nascimento e sexo. Essas informações são usadas para personalizar os golpes e aumentar a credibilidade das páginas, tornando o ataque mais convincente.

A sofisticação das fraudes é um dos principais alertas do relatório emitido pela Safelabs. Segundo a empresa, a “Loja do 7” apresenta uma estrutura organizada com categorias específicas, como APIs, checkers (para testar dados vazados), clouds e bancos de dados, além da seção “Telas”, onde estão disponíveis os sites falsos.

Tecnologia de detecção e recomendações de segurança

A descoberta foi possível graças ao sistema MANTIS DRPS, desenvolvido pela própria Safelabs, que monitora mais de 40 terabytes de dados circulando diariamente em ambientes digitais. A ferramenta fornece inteligência proativa e permite mapear ameaças em tempo real, facilitando a identificação dessas estruturas ilegais.

Diante da crescente sofisticação dessas práticas, o relatório destaca a importância da conscientização e do uso exclusivo de canais oficiais para evitar golpes. Entre as orientações, estão:

  • Verificar a autenticidade das comunicações recebidas em nome de órgãos governamentais, especialmente aquelas que solicitam informações pessoais ou oferecem benefícios.

  • Utilizar somente canais oficiais, como o portal e-CAC, acessível por meio da conta gov.br, para informações sobre a restituição do IRPF e saques de benefícios sociais.

Com informações adaptadas Convergência Digital

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